De acordo com Luis Garcia de Silva, especialista em Mercados de Carbono e diretor regional para a América Latina da SilviCarbon, os mercados de carbono em todo o mundo estão a emergir de um período relativamente turbulento em termos de preços e confiança.
Segundo ele, isto se deve a alguns projetos fraudulentos, que utilizaram mecanismos de mercado para mascarar o pequeno ou inexistente impacto ambiental e social. “Apesar da queda vertiginosa dos preços e de projetos registrados entre 2022 e 2023, o mercado demonstrou e continua a demonstrar um alto nível de resiliência, devido ao elevado número de projetos em processo de registro ou registrados em 2024”, explica ele.
Outro ponto apontado pelo expert é a estabilização do nível de preços, na faixa de US$ 1 a US$ 3 por tonelada de CO2 equivalente para projetos de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD) e acima de US$ 15 por tonelada de CO2 em projetos de captura ou remoção.
Ele conta que na América Latina existem mais de 350 projetos de carbono ativos registrados na Verra e no Gold Standard, certificadores para ativos ambientais. “O que equivale a 25% dos projetos de carbono baseados na natureza do mundo. O potencial de captura e preservação de dióxido de carbono estimado com esses projetos ultrapassa os 170 milhões de toneladas anuais, com o Brasil no topo desta lista”, explica.
Luis Garcia será palestrante do painel Mercado de Carbono, com a apresentação “Mercado de carbono em países latino-americanos”, do Wood Forest Experts.
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